O terramoto, no dia 11 de Março de 2011, e o consequente tsunami classificados como 9,0 na escala de Richter, ocorridos ao largo da costa nordeste do Japão provocaram uma onda de estragos em praticamente toda a costa japonesa, incluindo a central nuclear de Fukushima. Naquele dia, os reactores 1, 2 e 3 estavam a trabalhar, as unidades 4, 5 e 6 já haviam sido desligadas, para uma inspecção periódica. Quando o terramoto foi sentido, também os reactores 1, 2 e 3 foram submetidos a um encerramento imediato. Depois de desligar os reactores, a geração de electricidade parou. Normalmente, a central poderia usar a energia externa para refrigeração e para os sistemas de controlo , mas o tremor de terra causou grandes danos à rede eléctrica, impossibilitando assim que esta fosse usada. Os geradores a diesel começaram a funcionar, mas pararam pouco depois. O dique que protegia os reactores foi pequeno para parar o tsunami, e a onda avançou, inundando a central. Foi então declarado o “Primeiro nível de emergência”.
Devido à paragem dos geradores a diesel, a alimentação dos refrigeradores foi feita através de baterias que duram oito horas. Baterias de outras centrais foram transferidas para Fukushima, e em 13 horas já havia geradores móveis no local.
A energia móvel deveria ser transferida para a central por uma zona de comutação existente na mesma, mas como essa zona estava inundada impossibilitando a passagem de energia para a central, logo não poderia ser feito o arrefecimento dos reactores. Em alternativa decidiu-se fazer o arrefecimento da central com água do mar.